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Onde Está o Imperador?

 


Era 6 de janeiro de 1863, os ingleses, que tinham bloqueado a entrada da Baía de Guanabara, ameaçando a soberania nacional, acabam liberando-a após terem aceitado a mediação do Rei Leopoldo, diante das negativas do Imperador Dom Pedro II de acatar simplesmente as vontades de William Christie. D. Pedro II foi ovacionado no Paço da Cidade pela população, que entendia que o Brasil não se curvara às exigências do representante inglês e nem temia a maior potência do mundo àquela época.

O centro do Rio era tomado por alegrias e a multidão exaltava seu imperador, que antes do ocorrido, já havia alertado à população: “Confiem no meu governo e fiquem certos que, sem honra, não quero ser imperador!”

Conta-nos o biógrafo do Imperador, Paulo Rezzutti, que nesse momento “a popularidade do imperador alcançou um dos níveis mais altos de todo o seu reinado”.

Você consegue acha-lo no meio da multidão?

 

O navio inglês Prince of Wales sofreu um naufrágio em águas brasileiras e parte da carga desse navio acabou saqueada, havendo mortos no incidente. O Cônsul inglês no Rio Grande do Sul acusa, de forma infundada os brasileiros de matar e saquear os sobreviventes. Uma autópsia indicou que as vítimas haviam morrido por afogamento. Mas Christie havia comprado a versão do cônsul e pedia respostas ao governo Imperial, exigindo indenização e desculpas.

 

Nesse meio tempo, um grupo de oficiais britânicos à paisana acabou por beber um pouco além da conta e foram presos sob a justificativa de arruaças e desacato. Era mais uma situação para intensificar o clima de tensão existente entre os dois governos.

 

Como forma de arbitrar a situação, o Rei Leopoldo I da Bélgica, tio da Rainha Victoria, foi escolhido para arbitrar em relação ao caso dos oficiais presos (que já haviam sido soltos), dando causa favorável ao Brasil.

 

Com o final da questão, a Inglaterra reconhecia que estava errada e aceitava o resultado do rei Leopoldo I da Bélgica e, após o encontro do Imperador com o embaixador plenipotenciário Thornton, o Brasil aceitou o pedido de desculpas.

 

Estava, de certa forma, resguardada a soberania do Brasil perante a maior potência mundial.

 

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